A telemedicina, por exemplo, tem um potencial significativo para atingir áreas remotas e oferecer resolutividade na atenção básica
Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), na Estratégia Global de Saúde para 2025 – 2028, revelam que os investimentos em prevenção de doenças e promoção da saúde, que poderiam abordar 50% da carga global de doenças, continuam não sendo realizados, o que representa um claro desafio para a saúde mundial.
Outro obstáculo é a carga de doenças crônicas não transmissíveis – principalmente doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes.
Esse tipo de doença mata, anualmente, 41 milhões de pessoas – representando 74% de todas as mortes e a grande maioria da mortalidade prematura em todo o mundo. O maior impacto é sentido em países de baixa e média renda.
Nesse cenário, a saúde digital surge como uma luz: o mercado global deve sair de US$ 387,8 bilhões em 2025 para US$ 2,19 trilhões em 2034, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 21,2% de 2025 a 2034. A projeção é do Digital Health Market Size & Share Report, 2025 – 2034.
Custo-efetividade em saúde e inovação
É um erro afirmar que a inovação não supera seus custos. O debate essencial está na relação custo-efetividade: avaliar se os benefícios gerados justificam o investimento realizado.
Como exemplo, se considerarmos a iniciativa da teleconsulta para a atenção prisional: para além dos custos diretos, inclui resolutividade dos atendimentos, a redução nos gastos com deslocamentos e até mesmo a diminuição do clima de tensão do sistema.
Ou seja, quando se fala em saúde digital, é preciso uma abordagem qualitativa e quantitativa e métodos inovadores. Essa análise ainda representa um desafio, mas que pode ser superado com a cooperação entre os países.
É imperativo adotar uma perspectiva horizontal na saúde, com um olhar para o futuro e para os benefícios duradouros que a inovação pode proporcionar.
A inovação responsável não é um custo, mas sim um investimento estratégico com retornos significativos em saúde e bem-estar.
Equidade na saúde: um desafio constante
O relatório “Transforming Healthcare: Navigating Digital Health with a Value-Driven Approach” – uma parceria do Fórum Econômico Mundial com a Boston Consulting Group -, revela que, no mundo, metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde. Com isso, os valores da desigualdade podem atingir US$ 1 trilhão em 2040.
Na prática, isso significa que ampliar o alcance da saúde é um dos grandes desafios da inovação; reduzir filas, promover melhores diagnósticos e prognósticos é uma necessidade constante.
Impulsionando a inovação em saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) lançou o maior programa de saúde digital do estado – o PDI Saúde Digital, reafirmando o compromisso em ampliar e aprimorar a saúde pública. O Hospital das Clínicas da FMUSP, o maior complexo hospitalar da América Latina, foi selecionado como parceiro nesta jornada.
Os projetos têm como objetivos comuns reduzir filas e promover melhores prognósticos, mas você pode conferir ganhos específicos acessando cada um deles. São iniciativas capazes de revolucionar a saúde do Estado e servir de exemplo para outros destinos.
O projeto é um piloto, constantemente monitorado e ajustado, sempre com o feedback de profissionais e pacientes envolvidos. Inovação é uma construção diária, e o PDI Saúde Digital está disposto a construir soluções sólidas, escaláveis e que impactem os brasileiros, levando saúde e vida aos que mais precisam.
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